E já se vão quase 20 anos… me lembro como se fosse hoje quando, em maio de 2003, aceitei o desafio de fazer 2 mil prímulas em organza para um casamento em Brasília. Precisei tingir o tecido nas cores pink e laranja e precisava entregar tudo em apenas uma semana. Foi uma aventura, mas eu nem sabia que ia ser só a primeira de muitas.
Naquela época eu trabalhava sozinha, nas minhas noites. Fazer forminhas era uma diversão que preenchia meu tempo livre e que já tinha se tornado tradição nos casamentos das minhas filhas e sobrinhas. Mas esse casamento ousado, em pink e laranja, foi o primeiro contrato profissional. A partir dele, minha filha que tinha o sonho de ter sua própria empresa, criou coragem e, juntas, montamos o ateliê DFLOR.
Logo em seguida veio a primeira Fest Noiva, um evento que fizemos em parceria com a cake designer Alessandra Lazzarini, que tinha na sua irmã a autora da façanha de me lançar nessa vida de festas lindas. Era a edição de 2003 e nós nem sabíamos direito em que universo estávamos entrando.
A DFLOR cresceu rápido, embalada pelo mercado de casamentos que não tinha limites para a imaginação. Fizemos festas suntuosas, delicadas, ousadas, elegantes, discretas ou românticas. Cada uma no seu estilo. Mas todas lindas! Sempre!
Criava modelos novos de forminhas e também de lembranças, enquanto minha filha cuidava da administração da empresa. Abrimos uma loja em Brasília, na qual recebíamos noivas com suas paletas de cores infinitas. Variedade e personalização não eram problema, pelo contrário, eram um prazer.
Porém, logo logo começamos a participar da Casar. Uma feira que eu só paquerava de longe, acabou virando minha segunda casa. Como adorávamos o clima e como fomos acolhidos pelos melhores decoradores e cerimonialistas do país. No embalo da feira paulista, que era a referência nacional para os casamentos e festas no Brasil, passamos a atender clientes de todos os cantos. E também surgiram clientes no exterior.
Como nossos produtos são principalmente de tecido, o transporte é simples e poucas vezes tivemos problemas com a entrega. Daí, descobrimos a capacidade incrível que a DFLOR tinha pra trabalhar virtualmente. Nosso catálogo só cresceu.
Em 2009 vieram mais netos. E nós resolvemos pisar um pouco no freio para nos dedicar à família. Mas as sementes que plantamos criaram raízes profundas e a DFLOR nunca deixou de existir. Tanto que, às portas dos 20 anos, voltamos com energia renovada. Para crescer e ganhar o mundo!